Eu ainda não creio em seu para sempre.
Nem na sua vida sem mim.
E mesmo que meu coração sangre pela falta de fé
Meu coração se tornou amargo café.
Sem esperanças para minha própria vida
Sem esperanças para o amanhã
Sem esperanças para meu coração.
Eu deveria viver só. Na solidão.
E deixar de me sentir a todo momento o quão profundamente quebrada sou...
Mas eu não preciso de misericórdia alheia
Não quero pena ou dó. Não preciso de dedos para apontar defeitos.
Eu sei o que eu sou.
Uma águia que se despena para sobreviver.
Uma leoa que só caça para si.
Uma coruja que tudo vê.
Uma loba sem alcateia.
Sou a Lua minguante, a face da Anciã.
Não pela perpétua sabedoria, mas pela Fúria contida e pelos segredos em Oceano.
Eu temo não ser sua amada, todas as madrugadas.
Mas não há mais lágrimas.
Há somente a dor que aperta a alma e dilacera o coração.
Mas ele não pode se partir mais.
Chegou ao indivisível.
Não haverá mais choro nem pranto.
Só ódio e dor.
Só a crescente ira dentro de meu ser.
Unicamente aplacada pelo seu amor a me aquecer.
Mas quando seu amor já não for por mim
Amaldiçoo-o.
E morro... mais uma vez.
Meu para sempre é eterno...
Incorruptível.
Infinito.
Essa é a doença de meu amor por você.
Doença incurável... E crônica.
A cada dia, pior.
Dolorosa e silenciosa.
Astuta enfermidade é o Amor.
Que os deuses antigos e novos se apiedem dessa quimera que sou.
E façam que seu para sempre... o seja como o meu.
Meu Sol e Estrelas.
09.02.2013