Já não sinto a dor da possível perda, a perda imprevisível que assombrava-me todos os dias.
Já não sinto mais não por aliviada e superada a sensação, mas pela apatia deste causo.
Não deixei de amar, todavia eu não sinto mais a dor de pensar na possível perda.
Chamam isso de desapego? Não sei.
Esta palavra sim, me faz o coração doer um tanto.
Não sei certo por qual motivo, mas é mais provável que seja pela ideia tola de sentimento mútuo, dependente e imortal.
E então você para de me conquistar todos os dias.
E então tu esquece-se das promessas.
E então muda sua feição.
E meu coração está endurecendo.
Ou seria melhor dizer que está amadurecendo?
E você parece não perceber, que mesmo que eu ainda seja tua, talvez um dia desses vá me perder.
21/12/12