Uma flor negra abre-se branca.
Não se compreende os reais
motivos de tamanha mudança.
Somente a flor sabe que entre o negro e o branco
existem muitas semelhanças.
Porém, as distinções existem, a flor compreende.
São grandes e pequenas, depende de onde e de quem as vê ou as sente.
Somente a
flor sabe que entre o grande e o pequeno... Existe o próprio ser.
Não se engana
fácil o predador.
Não pode esconder eternamente seus odores.
Porém a flor sabe,
ela pertence a alguém.
Ela nasceu em um laboratório secreto, pelas bandas da
escuridão.
E iluminar com a alvura de seu tom branco-gelo é deveras espantoso.
Somente a flor sabe naquele lugar ermo que sempre há uma luz, mesmo na mais
densa escuridão.
Aquela flor que desabrochou somente por amor ao seu criador.
Somente
ela... Somente Ela sabe.