Mistura. Aquelas gotas de roxo caindo junto com meu desespero, tentando me livrar da dor, tão belas em sua composição, tão incansáveis em sua melodia, que eu ouvia: não chore, sorria.
Destino. Ainda que impossível de ser revertido, eu o sinto. Aquelas duras palavras que jamais deveriam ter sido ditas, mas naquele dia, naquele momento, era todo meu ódio que fluía.
Covardia. Apenas esperar pelo dia que conseguirei entender tudo o que se passou, aguentar as consequências inevitáveis, embora para mim ainda insuportáveis, que vieram e mudaram todo o seu mundo.
Desobediência. Não vou seguir normas que não me encaixam, por um despropósito proposital, por medo, temor, por obediência. Um dia terá isso um fim, doloroso, mas é algo que não posso voltar atras, por mim.
Lar. Depois de tudo, eu sabia que jamais pertenci a um lugar. Então sinto seus braços, tão terno abraço que me aconchega e me acalma. Sim, eu agora tenho um lugar onde pertenço, onde posso estar.
Há tanto, tanto que queria mudar, que eu gostaria de reverter.
Não por arrepender, não por amedrontar, não por capricho.
Mas por querer saber, qual seria o outro inevitável rumo.
Eu ainda sinto o peso de minhas escolhas. E isso não é feliz.
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